A 6ª Feira Regional do Vale do Sinos da Economia Solidária deu início às suas atividades neste sábado, dia 18 de outubro, com uma cerimônia de abertura realizada no Espaço Oliveira Silveira, a Rua Coberta de Esteio/RS. Apesar do dia chuvoso, o clima foi de celebração e união, com a chuva sendo referida pelo anfitrião do cerimonial, Charles Scholl, como uma “chuva maravilhosa”. A feira, que reuniu empreendimentos de economia solidária de municípios como Novo Hamburgo, São Leopoldo, Sapucaia do Sul, Esteio e Canoas, demonstrou a força e a resiliência do movimento regional.
O ato solene, realizado no Espaço Oliveira Silveira, enfatizou a importância do trabalho coletivo e da luta contínua da economia solidária.

Presenças de Destaque na Mesa de Abertura
A mesa de abertura reuniu importantes lideranças regionais e nacionais do movimento. Entre os presentes estavam:
• Rosângela Dias (Geni Rosângela Dias): Representando o Fórum Brasileiro de Economia Solidária.
• Janice Rosa: Representando o Fórum Gaúcho de Economia Solidária.
• Sônia: A anfitriã, representando a cidade de Esteio.
• Ricardo: Representando o município de Sapucaia.
• Marta: Representando São Leopoldo.
• Sueli: Representando a Unisol (Central de Cooperativas de Empreendimentos).
• Beto: Pelo programa de formação Paul Singer (PS). (William, Mano Cascata, Janice e Rosângela também estavam presentes e integram o programa Paul Singer).
• Paulinho: Representante do gabinete do deputado Miguel Rossetto.
O cerimonial agradeceu ainda a presença da Digli – Estúdio Fotográfico que acompanhavam a atividade, e o apoio da Prefeitura de Esteio em ceder o espaço, organizar o trânsito e viabilizar a representação de Cidade na 31ª Feicoop, em Santa Maria, fazendo juz à tradição da economia solidária na história da comunidade esteiense.
A Luta pela Economia Solidária e a Lei Paul Singer
As falas dos representantes destacaram a importância da organização de base e das conquistas políticas do setor.
Rosângela Dias, do Fórum Brasileiro, ressaltou o orgulho de representar o movimento e a resiliência e força dos empreendimentos, afirmando que o fórum nacional depende dos fóruns de base (Fórum do Vale, fóruns municipais). Rosângela abordou grandes desafios para a economia solidária, clamando pela implementação da Lei Paul Singer, recentemente aprovada, e pela organização do Segundo Plano Nacional para que sirva de base para os planos municipais.
Janice Rosa, do Fórum Gaúcho, enfatizou a relevância da organização do Fórum do Vale dos Sinos e garantiu apoio contínuo a todos os eventos.
Calor Humano Contra o Dia Chuvoso
Apesar da chuva, a atmosfera era de aquecimento e acolhimento. A anfitriã Sônia expressou sua alegria em sediar o evento, representando Esteio e recebendo participantes de outras cidades do Vale dos Sinos, como São Leopoldo, Sapucaia, Novo Hamburgo e Canoas. Sônia enfatizou que a feira serve para que as pessoas vejam que a economia solidária existe, e lembrou a luta de mais de 20 anos do movimento, agradecendo o apoio recebido da cidade, do prefeito e do vice-prefeito. Marta, de São Leopoldo, também expressou felicidade em estar em Esteio, representando seu município, e desejou que a feira regional se repita muitas outras vezes. Ricardo, de Sapucaia, declarou ser sempre muito satisfatório estar com o público da economia solidária e representar os empreendimentos de sua cidade, enviando um abraço afetivo e caloroso.
Visão Ideológica e Compromisso Político
Os representantes trouxeram perspectivas sobre a essência da economia solidária.
Sueli, da UNISOL, fez um apelo à valorização do trabalho local, afirmando que a economia solidária é uma “outra economia, uma economia verdadeira dos trabalhadores e trabalhadoras”. Ela distinguiu o trabalho genuíno, como o artesanato e a culinária feitos pelas mãos dos trabalhadores, daqueles que compram material da China. Sueli destacou que o trabalho da UNISOL visa gerar renda e economia, trazendo pujança para o Rio Grande do Sul.
Beto, integrando o programa Paul Singer, proferiu uma verdadeira “aula”, homenageando a longa trajetória do movimento de base (quase 50 anos). Ele defendeu que os valores econômicos da economia solidária são criados pelas mãos, inteligência, mentes e trabalho associado das pessoas. Beto fez questão de homenagear as mulheres, que estão na linha de frente dos eventos de economia solidária. O representante do programa Paul Singer convocou o movimento a exercer pressão positiva sobre o Presidente da República, governadores, prefeitos e parlamentos (do municipal ao federal) para que a economia solidária ganhe mais escala, afirmando que “sem pressão na política, os políticos não fazem”.
O compromisso político também foi reforçado por Paulinho, do gabinete de Miguel Rosseto, que definiu a economia solidária como sinônimo de solidariedade e afeto, é uma forma de construir uma nova sociedade que supere as contradições do neoliberalismo e do capitalismo. Ele enfatizou a luta contra a exploração, especialmente das mulheres e mulheres negras. Paulinho, citando Olívio Dutra, reforçou que a economia justa se faz “de baixo para cima” e com a organização popular.
Um ponto crucial da cerimônia foi o incentivo à participação no Pacto RS25 – O crescimento sustentável é agora, uma proposta da Assembleia Legislativa na gestão do presidente Pepe Vargas (PT). O Fórum Democrático estava presente na feira, orientando as pessoas a votar nas propostas da economia solidária, que estão entre as mais votadas.
Novidades Locais e Encerramento
O ato de abertura também reservou espaço para iniciativas locais. O público ouviu Guinho, da Avisol (Associação e Cozinhas Comunitárias), que está organizando a “Champions Vila”, um campeonato de futebol entre bairros da periferia de Esteio e Sapucaia, visando a inclusão de jovens. A Avisol também trabalha na mobilização para cozinhas comunitárias, promovendo acolhimento e solidariedade.
Ao encerrar o ato de abertura, o anfitrião desejou a todos uma boa feira, lembrando que a 6ª Feira Regional do Vale do Sinos da Economia Solidária é um evento para a comunidade.
A Feira Regional, que acontece no Espaço Oliveira Silveira, inclui atrações artísticas, artesanato e praça de alimentação. Além do ato de abertura, o evento contou com apresentações artísticas, dança cigana, ballet com dança contemporânea e apresentação de danças tradicionalistas gaúchas. As apresentações musicais ficaram por conta do Paulinho de São Leopoldo que animou a feira na tarde daquele sábado. Este evento reforça o papel da economia solidária como um modo de produção baseado na cooperação, autogestão e igualdade democrática, essencial para a construção de uma sociedade mais justa e sustentável.























Excelente Evento que fortalece a cada Feira que se concretiza…o nosso Movimento da “Economia Solidária e Creativa” em ESTEIO RS… parabéns as lideranças por contribuir com seus esforços e trabalho iniciativas que se fazem realidade, e nos ajuda a continuar na línea de frente rumo a um
Segmento que crece con muita força não só no RS, e sim no Brasil todo e América Latina..como Movimento na contramão do “Mercado Capitalista” que está comprovado que não está dando certo..pelo menos para a maioria, cidadãos que tem como objetivo 🎯 a prioridade de juntar forças das pessoas menos favorecidas em obter renda, trabalho e defeza da mão de obra e talento com creatividade e sustentabilidade econômica nos Bairros e Vilas com qualidade de vida e produtos naturais e mão de obra autentica da Comunidade!!!