Charles Scholl
Nossa Área Movimento da Economia Solidária

A pandemia aprofundou as diferenças sociais entre ricos e pobres no Brasil. A discrepância é resultado do sistema econômico que promove a concentração de renda ao tempo que produz pobreza. Segundo o IBGE, um levantamento realizado em abril de 2024 mostra que 10% da população com maior rendimento domiciliar por pessoa, tiveram renda mensal média de R$ 7. 580,00. Já os 40% dos brasileiros com menor rendimento obtiveram R$ 527,00. Em comparação mais extrema, 1% da população com maior rendimento tinha renda mensal de R$ 20.664,00, que corresponde a 39,2 vezes a renda dos 40% menos abastados. Na pandemia, a diferença era de 48,7 vezes, a maior já registrada.
O diagnóstico da concentração de renda não é novidade no Brasil, que figura como um dos países mais desiguais do mundo. A desigualdade econômica e social é compreendida como um dos fatores que alimenta a violência, que por sua vez amplia a situação da desigualdade. É o que diz o Núcleo de Estudos da Violência da USP:
“Os dados sugerem que a desigualdade no acesso a direitos alimenta a violência. As comunidades mais afetadas pela violência têm em comum uma superposição de carências. Os poucos elementos de proteção contra os efeitos da violência advêm da própria coletividade que, a despeito das condições muito adversas, em que a incivilidade e o desrespeito mútuo prosperam, resistem e mantém no dia-a-dia relações mais próximas e de mais cooperação com seus vizinhos do que moradores de outras regiões da cidade.” (https://nev.prp.usp.br/wp-content/uploads/2014/08/down070.pdf)
A concentração de renda promove o capitalismo tardio, que se configura como a ausência da circulação de moeda nas comunidades. Nesse contexto, a Economia Solidária emerge como alternativa à sobrevivência e enfrentamento a pobreza. O cooperativismo e a economia solidária são capazes de promover trabalho digno e decente, com inclusão e justiça social, geração de renda e respeito ao meio ambiente. Além disso, fomenta o desenvolvimento local com autogestão, emancipação e autonomia.
Além disso, o cooperativismo com viés econômico solidário também é uma estratégia de desenvolvimento fundamental para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável – Agenda 2030, da ONU, em especial, quando relacionado ao combate da pobreza e da fome e na promoção de uma agricultura sustentável com cuidado ao meio ambiente. A Economia Solidária é o caminho para a superação dos impasses do capitalismo tardio. É a economia que valoriza o meio ambiente, o desenvolvimento social e humano para além do lucro.
Excelente iniciativa de crear um Site apostando ao Amor que todos sentimos pela cidade, e principalmente pelas pessoas que formam parte da nossa Comunidade…o que de alguma forma garantimos o crescimento de segmentos e movimentos como a Economia Solidária e Creativa apostando a “União das pessoas para trabalhar… e ter um relacionamento Socio Cultural que defenda os recursos e renda com cada produção famíliar e talento para a consistência da sua produção economica…